
Quando gerimos a tecnologia de uma empresa há sempre uma questão que surge: vale a pena investir num serviço de suporte contínuo, ou basta resolver os problemas quando acontecem?
A resposta depende de vários fatores — mas, na prática, muitas empresas optam por um modelo reativo sem perceber o real impacto que isso pode ter na operação, no tempo e nos custos.
O modelo de assistência pontual: útil, mas limitado
Recorrer a apoio técnico apenas quando há um problema parece mais simples e até mais suportável, em termos financeiros. Não há contratos, nem mensalidades. Mas há riscos associados que, muitas vezes, só são percebidos quando algo corre mal:
- Interrupções inesperadas na operação
- Atrasos na resolução por falta de contexto ou disponibilidade técnica
- Falta de monitorização e manutenção preventiva
- Crescente acumulação de pequenas falhas que afetam a produtividade
- Maior exposição a riscos de segurança: sem atualizações regulares, análises de vulnerabilidades ou backups controlados, os dados e sistemas tornam-se alvos mais fáceis.
- Custo imprevisível: embora pareça mais económico a curto prazo, pode revelar-se muito mais dispendioso quando surgem avarias graves ou perda de dados.
A curto prazo, este modelo pode funcionar. Mas a médio e longo prazo, acaba por torna-se imprevisível — tanto em termos técnicos como financeiros.
O que muda com um modelo de suporte contínuo?
Um serviço de suporte contínuo oferece acompanhamento técnico regular e preventivo. Mais do que resolver problemas, trabalha para que eles não aconteçam.
Na prática, isso traduz-se em:
- Monitorização ativa da infraestrutura
- Atualizações regulares e gestão de segurança
- Respostas mais rápidas, com conhecimento prévio do sistema
- Maior previsibilidade de custos
Segundo a IDC, pequenas e médias empresas perdem em média 27 horas por ano devido a falhas tecnológicas, com impacto direto na produtividade e nos resultados (Fonte: IDC SMB IT Trends Report)
Evitar estas falhas com um serviço estruturado representa, para muitas empresas, uma poupança efetiva — mesmo que não se traduza imediatamente em euros na fatura.
Como decidir?
A decisão entre um modelo e outro deve considerar:
- A dependência da empresa em relação à tecnologia
- O impacto que uma falha pode ter na operação ou na imagem
- O nível de complexidade da infraestrutura de TI
- A capacidade interna de resposta a problemas técnicos
É importante sublinhar que, o custo de um modelo reativo não está na fatura do técnico. Está no tempo perdido, na frustração das equipas e nas oportunidades desperdiçadas.
Em empresas com equipas pequenas, sem departamento de TI, múltiplos dispositivos e elevada exigência de continuidade, o suporte contínuo não é apenas aconselhável — é essencial.
A tecnologia não espera. E o negócio também não deve esperar por ela.
Se está a rever a forma como gere o seu suporte informático, esta pode ser uma boa altura para pensar de forma preventiva.