Pelo tempo que já tem no mercado é uma empresa de informática que dispensa apresentações. A Compuworks celebrou o seu 15º aniversário em junho, uma data que valida não só a experiência que a tecnológica tem, como define também um novo marco nas suas ambições.
Nascida em 2002 e fundada por Paulo Moreira e Ricardo Teixeira, a Compuworks especializou-se em áreas distintas como infraestruturas e servidores, redes, soluções cloud, gestão, segurança e serviços de consultoria TI. A tecnológica agora vê a Internet das Coisas e a área da segurança informática como os setores que podem trazer um maior crescimento.
Numa altura em que os processos de transformação digital estão mais acentuados do que nunca – significando isto uma maior competição entre os fornecedores de TI -, a CompuWorks quer continuar a crescer a um forte ritmo.
Para isso a empresa está acima de tudo apostada em expandir o seu alcance através de processos de aquisição. Ainda não há nomes para partilhar, mas a estratégia está definida.
Em entrevista ao Ntech.news, o diretor-geral da CompuWoks, Paulo Moreira, revela um pouco mais sobre como a CompuWorks quer enfrentar os próximos anos.
Ntech.news – Que balanço faz a estes 15 anos de atividade da CompuWorks?
Paulo Moreira – Durante estes 15 anos passámos todos por uma profunda crise, o que para uns representou o fim e para outros o nascer de uma oportunidade. Felizmente, foi esse o caso da CompuWorks. Na altura, estávamos com uma posição sólida no mercado e tivemos muita procura por parte de novos clientes que tinham ficado sem parceiro de TI, devido ao fecho de muitas empresas da nossa área. Nessa altura, apostámos fortemente em publicidade e new business para “recrutar” a estes clientes alvo.
O objetivo da CompuWorks é manter um crescimento anual de 20%. De que forma pretendem atingir este objetivo sabendo que no mercado de serviços de TI existe uma forte concorrência?
O mercado tem vindo a definir-se muito bem, e nós também temos feito o trabalho de casa, definindo um planeamento estratégico anual que se ajuste ao nosso posicionamento e dê resposta aos novos desafios que vão surgindo.
O mercado das microempresas deixou de precisar dos nossos serviços, pois alguns portáteis e soluções em cloud satisfazem este segmento. Por outro lado, as grandes empresas têm as competências in house e contratam também as grandes empresas de TI em Portugal.
Neste sentido, a CompuWorks definiu como target as médias empresas, que tenham entre 50 e 200 postos de trabalho, que precisem de um parceiro que seja o seu departamento de informática em regime de outsourcing e que abranja todas as áreas, permitindo ao cliente concentrar-se no core do negócio e respetivos RH necessários.
Outra via pela qual pretendemos manter este crescimento, é através da aquisição de algumas empresas da nossa dimensão ou menor – neste momento estamos a fazer prospeção de mercado neste sentido.
É verdade que existe uma forte concorrência, mas com o nosso esforço tentamos apresentar propostas mais completas, avançadas e competitivas do que a concorrência. A aposta é ganhar mercado pela competência demonstrada, pelo conhecimento profundo e sempre atualizado do que melhor oferece o mercado de soluções e, ainda, a capacidade de integrar essas soluções de TI a 360º, ou seja, em toda a carteira de serviços que disponibilizamos aos clientes.
A possibilidade de avançarem para aquisições está em cima da mesa. A que áreas de negócio vão ficar atentos?
Estamos atentos a eventuais oportunidades no mercado, em áreas que possam fortalecer as nossas vantagens competitivas no mercado, alargar o nosso mercado geográfico atual e diversificar a rede de serviços. Procuramos basicamente empresas na mesma área de negócio que a nossa, que tenham uma boa carteira de clientes e uma equipa técnica ao nosso nível, e localizadas em outras geografias, por forma a alargar o nosso território de serviços.
É expectável o anúncio de algum negócio ainda durante o ano de 2017?
Gostávamos muito que isso acontecesse, contudo são processos morosos. Existem oportunidades em cima da mesa, mas são negociações que tipicamente demoram tempo a concretizar-se.
Apesar de ser vontade da CompuWorks expandir através de aquisições, o crescimento que têm apresentado torna a empresa num potencial alvo de aquisição. Estariam abertos a esta possibilidade?
Nunca pensámos no tema, contudo, no mundo dos negócios, devem-se considerar todas as situações que potenciem crescimento.
Artigo original: https://www.ntech.news/entrevista-paulo-moreira-compuworks/